quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Qual o seu Discurso?

Esse vídeo é o produto final de uma série de atividades, discussões e reflexões realizadas na aula de comunicação pública. A proposta que o vídeo Labirinto traz, é, através da análise de um discurso singular, entendermos e refletirmos sobre a sociedade que estamos inseridos.

Não realizamos tal trabalho em defesa de uma verdade. Cada um interpreta o mundo da sua maneira, mas é necessário, quase que por obrigação, refletir sobre os discursos. Essa prática busca a ampliação dos olhares e o nosso crescimento como humano, tudo em prol de ações que promovam mudanças para o melhor.

Agradecimento especial aqui no blog a professora Agnes Bezerra, uma agente de mudanças!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Outra Inteligência


Desde os tempos de escola as pessoas são avaliadas pelo seu desempenho nas provas, pelo conhecimento que foi adquirido, ou melhor, engolido, durante os anos letivos. Viva quem tira as melhores notas em matemática e quem consegue amar todas as matérias. Porém, em muitos processos educativos, se esquecem de entender e educar o comportamento.

Fulano bateu no coleguinha, beltrano ficou quieto a manhã inteira no fundo da sala, aquela pequena não consegue controlar seus nervos. É assim que desde o maternal uma outra parte do ser humano se manifesta nas escolas, o lado emocional. Geralmente se conversa com os pais, mas será que essa complexa equação é realmente resolvida?

Sem querer ousar mergulhar no universo da psicologia -meus amigos psicólogos fariam melhor- me permito apenas discutir um pouco sobre a inteligência emocional, uma instância que merece muita atenção. Ano passado, aproveitei algumas tardes (imersa no lindo campus da UCS) lendo o livro Inteligência Emocional do Daniel Goleman, que me ajudou a ampliar a visão sobre análise do comportamento, o alcance do sucesso e o caminho para bons relacionamentos.

A cada capítulo do livro Goleman estuda as questões emocionais que ocorrem nas diferentes esferas de nossas vidas. Aqui, concentrarei a abordagem sobre a importância do equilíbrio emocional e do autoconhecimento para um bom desempenho profissional.

Foi a partir dos anos 80 que as empresas começaram perceber que a sua hierarquia rígida não era saudável para o crescimento geral das organizações. Parte dessa observação se deu por conta das pressões externas, realizadas tanto pela globalização como pela tecnologia da informação. Diz a pesquisa que "quando emocionalmente pertubadas, as pessoas não se lembram, não acompanham, não aprendem nem tomam decisões com clareza. Como disse um consultor administrativo: - A tensão idiotiza as pessoas".

É bem verdade essa questão de se sentir confuso quando se está sobre tensão, acho que quem nunca passou por isso é um sortudo. Muitos fatores podem causar mau estar dentro de uma empresa, mas durante a minha jornada algo que observo ser um fator a provocar tensão em colaboradores é, muitas vezes, uma falta de conhecimento mais amplo sobre a própria organização na qual atuam. Como é importante receber bem novos colaboradores! Explicar-lhes sobre o produto ou serviço que a instituição realiza, organizar um Open House, são ações a que podem contribuir para a autoconfiança do colaborador. Posteriormente, essas ações serão refletidas na forma positiva que o funcionário representa a sua empresa lá fora.

Outra questão que ajuda a organização a crescer e ter um dia-a-dia de qualidade é um sistema de feedback. Como fazer com que um depoimento negativo sobre o chefe chegue no mesmo de maneira válida? Como passar para um funcionário que é necessário se manter mais ligado com o que está acontecendo em prol de uma produção mais efetiva? Como realizar esse intercâmbio de informações?

É aí que a gente entra naquele velho conselho: não é o que se fala, mas como se fala. Esse é, de fato, um ponto que extrapola o universo profissional e se insere nas nossas diversas relações da vida. Vale lembrar que a crítica construtiva deve ser feita com cuidado e recebida como aprendizado, desencadeando reflexões sobre o que foi falado.

Sem querer puxar a sardinha para o meu lado, mas se tem um profissional que tem a percepção aguçada para enxergar questões de relacionamento e, ao mesmo tempo implantar um sistema de comunicação e informação que fortaleça a organização, são os Relações Públicas! =D

Para terminar o post, deixo uma máxima do psicólogo Robert Stemberg, professor da Yale e do universitário Wendy Williams, que realizou um estudo em torno do trabalho em grupo, investigando porque algumas equipes trabalham melhor do que outras, essa interação exige muito do saber lidar com a inteligência emocional:

"Embora um grupo não possa ser mais 'inteligente' que a soma total dessas forças específicas, pode ser muito mais burro caso o seus mecanismos internos não permitam que as pessoas exibam seus talentos".

Até o próximo post!