quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Horário de Pico






Você bem deve conhecer essa imagem, afinal, quem nunca ficou preso no trânsito entre às 18h e 21h? Aqui diz que é um intervalo de tempo com grande gasto de energia. Você sabia? Nem eu. Vamos economizar então. Mas vim deixar aqui um pensamento muito meu sobre o horário de pico. Apesar de todo trânsito caótico, estresse, buzinas extensas, pessoas ansiosas, e lá vai, o horário de pico tem algo que a gente só encontra ali, algo que se mistura ao caos e por isso torna-se despercebido.
Esse é um momento em que a maioria das pessoas retornam para suas casas, para um pouco de conforto achado nos braços de alguém ou em um sofá charmoso, é quando as mães trabalhadoras retornam para os seus filhinhos, que infelizmente passaram a tarde sendo distraídos por babás, é quando os amigos saem para tomar uma e bater aquele papo bom (essa opção é muito boa =D), é, finalmente, o momento em que todo mundo quer sair do estresse porque tem muita coisa feliz esperando ali na frente, bem quando se deixa o asfalto acinzentado.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Sociedade do Umbigo



Quando eu era pequena, na biblioteca da escola em que eu estudava tinha um conto infantil que era um estímulo à minha ida ao mundo dos livros. Entediada no mundo adulto, lembrei desse episódio e tentei recordar o nome do conto. Não lembrei. Sabia que a palavra "fósforo" fazia parte do título. Não foi muito fácil achar alguma coisa, mas em um dia comum (colocação para dar um clima de suspense), eu simplesmente achei! O nome do livro é "A Pequena Vendedora de Fósforos", nome original: The Matchgirl. Não posso esconder que a emoção foi muito grande.

Nome do livro desvendado, eu logo comecei a pesquisar sobre ele. O conto é do escritor Hans Cristian Andersen, nascido em Odense em 1805.

Segundo os registros, ele escreveu vários livros infantis conhecidos. A partir desse momento iniciei a minha auto-análise. Vamos lá, se existiam tantos livros para crianças, porque eu me apaixonei logo pelo "A Pequena Vendedora de Fósforos"? Eu me fiz essa pergunta por um único motivo: a estória é super triste! -Pausa para declarar que eu fui uma criança super feliz, tinha uma família ótima, muitos brinquedos e um cachorro. Mas, se você vir o filme vai perceber o porque o conto é triste.

Após os momento de análise sobre o assunto, eu calculei que o meu amor ao conto se daria por duas razões:

1 - Eu ficava com saudade de casa e da minha mãe, e por isso ia ler o livro onde a menina também desejava encontrar com sua a mãe.

2 - Eu não entendia direito o final do livro, não me sentia satisfeita com ele e então eu sempre retornava para ver se o final da história tinha mudado.

Olha, você vai me dizer que na primeira opção existe mais sanidade, mas criança é criança, não vai acreditar em reais possibilidades. Então, eu acredito que minha motivação era em busca da razão nº 2.

Trazendo a narrativa do conto para os tempo atuais, eu vou dizer claramente que o que acontece com a menina da estória ocorre quase todos os dias com crianças do mundo. Órfãos quase não têm chance à dignidade. Uma ajudinha aqui, outra alí, mas
mudar a realidade de crianças de rua, pobres e sem educação está difícil - sem discursos clichês, please. É muito raro olharmos para o lado e "comprarmos fósforos". Não, eu não sou uma exceção a isso, estou inclusa na sociedade que na maior parte do tempo, olha apenas para sua própria vida, para o seu próprio umbigo, e esquece que fazemos parte de um coletivo - culpa do sistema capitalista? Fica para outro post a discussão.

Sem mais delongas, pois sou contra textos muito grandes em blogs de desconhecidos (as pessoas estão muito ocupadas #consciência). Está aqui um curta com a estória que ilustra bem a sociedade do umbigo. Se der tempo assistir me diz o que achou, estou ampliando os pontos de vista sobre a obra.

Merci les amis! À tout à l'heure. =)



segunda-feira, 2 de agosto de 2010

domingo, 1 de agosto de 2010

Are You Ready For This?

Primeiro observe a imagem abaixo, ela te faz lembrar alguma coisa?





Tantos perigos, tudo ao redor do pequeno parece querer devorá-lo. É uma prova de fogo! Pra mim o nome disso é: mercado de trabalho.

Na sexta-feira eu conversava com um colega do curso e falávamos sobre o medo de formar e não conseguir logo um emprego digno. Isso não é novidade neste país. Uma pessoa
teoricamente preparada não quer dizer muita coisa diante de um mundo selvagem e capitalista. Fico feliz em saber que a maioria dos meus colegas fazem parte do processo de estágio em boas empresas, mas isso também não garante a contratação imediata no final da graduação.

Se a cerimônia de colação de grau surgiu na idade média e, abarca em sua realização diversos significados, os mesmos parecem se perder na atualidade. Eu não vou ficar aqui falando sobre as vestes ou significados das pedras de cada curso, mas queria colocar que ,ao meu ver, se graduar em um passado não muito distante(estamos agora na geração do meu pai), era sinônimo de independência ou de um emprego garantido-estou errada? Hoje em dia é assim: graduar é bom, mas se você puder sair com o pé na Pós-graduação, faça isso, aliás, sem Pós ou Mestrado acredito que sua graduação valha muito pouco.

É por isso que neste semestre eu vou ter que sugar até a última gota de disposição e dar conta das matérias do semestre (7), desenvolver a monografia, terminar as aulas de inglês (eu ainda faço isso 8-|?), dar continuidade às aulas de français , dar um jeito de fazer os cursos que te ensinam a mexer nos programas do Microsoft Office e claro, manter o bom humor. Pra falar a verdade eu ficaria triste se não fosse assim, tem gente no mundo com coisas mais difíceis de resolver.

Mas, voltando à idéia do mercado de trabalho, a crueldade é sentida principalmente quando você está fora dele. As oportunidades não caem do céu e a maioria das entrevistas que você irá fazer, há grande chance que alguém já tenha sido indicado para ocupar o cargo. É o famoso QI- Quem Indica. É assim que as coisas funcionam. Quando você está dentro do mercado é ótimo, mas algumas situações te fazem lembrar que o espírito ainda é de guerra,isso se faz muito claro nas negociações. Quando eu vou atender um cliente, posso ver no rostinho concentrado dele a seguinte frase: eu sei que você só quer o meu dinheiro. Não vou ser hipócrita, mas daí tem que entrar aqueles dons para mostrar pra ele que não é bem assim, mas a grana faz parte da jogada e no final das contas, se você não pegar a grana dele é você que vai para o beleléu.

Acredito que a melhor maneira de encontrar um bom lugar no mercado é:

1 -Estude muito e se prepare. Os conteúdos teóricos te ensinam a pensar e fazer a prática de maneira diferente, e não igual a todo mundo.

2- Seja bom no que você faz. A excelência começa nas mínimas coisas. Se você quer ser empresário, seja primeiro vendedor e entenda como um vendedor deve se comportar para ter sucesso. Se ele tem sucesso, sua empresa terá sucesso, afinal cada degrau é importante para manter a escada intacta.

3- Esteja ligado na atualidade. Não adianta viver dentro de um cubo de paredes fechadas e achar que as suas idéias te levarão longe custe o que custar. Os meios estão por aí e você pode pensar em algo que muitos depois vão dizer: por que eu não pensei nisso antes?

4 - Não tenha medo! Já dizia Fernando Sabino: Faça do medo uma escada (escutei essa em uma solenidade de colação de grau, sempre dá pra pegar umas frases poderosas nessas situações).

5- Inove e ouse. Faça isso com elegância e respeito.

E por fim, siga a sua intuição. Apesar de ser algo extremamente subjetivo eu penso que é válido. A física quântica anda estudando isso, daqui a alguns anos será possível saber algo mais concreto, veremos.

Bom, tudo isso porque eu vi aquele ratinho com o capacete, preparado para o que der e vier! Valeu pela inspiração. Nada de se esconder na toca, vamos à luta!

Getcha head in the game - video - yeah men!
A imagem utilizada foi retirada deste site.