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Assisti nesta semana uma palestra realizada pela Empresa Júnior da UFBA. O tema estava muito convidativo: Comunicação estratégica - debatendo gestão de crise na perspectiva comunicacional. Para compor a mesa foram convidados: Lucy de Jesus da Monsanto, Rodrigo Vilar da Odebrecht e o Cláudio Cardoso que além de ser Prof. da UFBA, é um grande conhecedor de comunicação organizacional, entre suas atividades destaco sua participação na ABERJE.
Todos os palestrantes contribuíram muito para o entendimento do conteúdo, assunto que deveria aparecer mais nas universidades de comunicação. Eu apreciei e tomei nota de muito do que foi dito. Então meu amigo, abra os olhos para a gestão de crises, ou melhor, PREVENÇÃO DE CRISES!!!
Sabe aquele ditado "é melhor prevenir do que remediar"? Se você é o responsável pelo setor de gestão de crises acorde todos os dias com o tal ditado na cabeça. Não adianta achar que quando o problema aparecer você terá uma epifania e tudo será resolvido, no way! Quem ocupa o cargo do controle de crises deve sempre imaginar, pensar e investigar os fatores de riscos existentes na organização. O que pode dar errado? Sim, seja pessimista nessa hora.
Em um segundo momento, formule e execute treinamentos.
A Lucy da Monsanto enfatizou bastante a importância dessa atividade: em momentos de emergência as pessoas não pensam, elas entram no automático e fazem aquilo que estão treinadas para fazer. Se você treinar seus colaboradores, a probabilidade das coisas se desenrolarem bem em meio a crise crescerá muito. Dependendo da gravidade do ocorrido, vidas poderão ser salvas em meio a um sinistro por conta de um bom treinamento!
Ter pessoas chaves para atuar em meio a uma crise é de extrema importância. Essa. Além de avaliar o QI dos indivíduos no momento de dar-lhes uma função, avalie também a sua habilidade pessoal. Nada adianta colocar a pessoa certa no lugar errado, isso serve para atividades e contextos que vão além dos das crises.
É necessário avaliar como funcionará a comunicação entre os empregados frente a uma situação difícil, ou seja, sistematize os caminhos das informações. Funções bem distribuídas facilitam uma ação efetiva. Tenha uma voz de comando. Durante um treinamento tenha alguém que tome nota de tudo que vem ocorrendo, essa pessoa é de extrema importância, tudo que ela anota será analisado posteriormente e, pode despertar olhares para fatores de riscos que até o momento não tinham sido percebidos.
Mantenha sempre os fatores de riscos anotados, analise-os constantemente de acordo com o que vem ocorrendo no macro e microambiente, e mensure se eles estão próximos ou distantes da sua organização. Isso ajudará a escolher e focar nos treinamentos que serão aplicados.
Por fim, é claro que o profissional de uma organização conhece o perfil do seu público interno, sendo assim, busque a melhor maneira de passar para eles a importância de um treinamento e as informações relevantes. É necessário e importante realizar um relatório pós-crise.
Momentos de crises nunca são almejados, mas o melhor é conseguir enfrenta-lo e perceber que a empresa estava preparada para uma ocasião inesperada. E daí o "viva" vai para o profissional de comunicação que soube, de maneira estratégica e sistemática, capacitar seus colaboradores e desenvolver processos.
Para mim ficou claro, e pra você?
PS: dependendo do tamanho da crise, é possível que o setor de crises passe dias na empresa para conseguir lidar com todas as "forças" envolvidas na questão. Sendo assim, é importante demandar a alguém a função de "comprador e entregador de alimentos", responsável por abastecer a equipe que estiver perdendo noites e suando o colarinho! Chocolates e café, please!